Mãe Isabel liderou uma cooperativa baseada na economia solidária em Hortolândia, a Grife Criolê, que se tornou uma das ações do Ponto de Cultura Caminhos, do Ilê Asé Omo Oyá Bagam Odé Ibô, também conhecido como Território de Oyá. Ela ficou conhecida em toda a Rede Cultura Viva dos Pontos de Cultura por sua dedicação à causa da Economia Solidária e Criativa para a geração de sustentabilidade, renda e trabalho nas comunidades.

Mãe Isabel (1957–2018). Foto de Oliver Kornblihtt.

Pelo sucesso deste empreendimento e seu desejo de levar esta experiência para toda a Rede de de Pontos de Cultura, Mãe Isabel liderou o Grupo de Trabalho sobre Economia Solidária na Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.

Mãe Isabel atuou como organizadora e coordenadora de diversas Feiras Solidárias e Criativas nas TEIAS regionais, estaduais e nacionais presenciais. Um dos seus sonhos é que a rede de Pontos de Cultura tivesse uma grande plataforma virtual de comercialização de produtos e serviços.

A Mãe acreditava que a cultura poderia ser um instrumento de empoderamento, capaz de intervir na vulnerabilidade social e combater o preconceito. “Hoje estamos vivendo uma onda de ódio explícito, mas sempre existiu. Nós negros sempre convivemos com isso, dizia ela. Ainda em suas palavras “Quando a cultura consegue empoderar seus atores e garantir uma ação social, é uma interferência muito positiva. Eu acredito muito no empoderamento”.

O legado dela continua pulsando na Rede de Pontos de Cultura, que está prestando homenagem a ela na Feira de Economia Viva da TEIA SP Digital.